sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Educação e Cidadania no Filme "Escritores da Liberdade"


Assistam a sinopse por Silvana Monteiro:


Leiam também o artigo de Raymundo de Lima: 
O filme “Escritores da Liberdade” e a função do pensamento em Hannah Arendt
No link da Revista Espaço Acadêmico: http://www.espacoacademico.com.br/082/82lima.htm


Reflexões propostas:

1. Que relação existe entre educação e cidadania?
2. Que concepção de liberdade é trabalhada no filme?
3. Qual sentido de cidadania pode ser abstraído do filme? Explicitem.

6 comentários:

  1. para nós educadores a frase da professora quando diz que gostaria de ser advogada para defender os jovnes, mas decidiu ser professora porque "a luta verdadeira deve acontecer na sala de aula" é muito significativa. para mim em particuar é um dos pontos mais fortes, pois indica a ação transformadora da escola. Isso de fato acontece quando a escola trabalha na perspectiva de formar autores-cidadãos, quando promove uma formação capaz de munir os sujeitos da igualdade de saberes para o acesso pleno às vantagens estabelecidas pelo estado; de promover a íntima relação entre a garantia de direitos e o cumprimento dos deveres.

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  2. É desafiador a postura da professora em acreditar nela e acima de tudo em seus alunos para transformar uma realidade tão visível a todos. Lembra-nos as diversas situações existentes em nossas salas de aula em que não conseguimos ter essa atitude, nos deixando conduzir pela nossa "liberdade pedagógica".

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  3. Um momento significativo do filme, de onde nasce o título, acontece quando a professora propõe aos alunos que escrevam suas histórias em um diário.

    Leiam a fala da professora:

    "Todos tem a própria história e é importante que contem a própria história. Até para vocês mesmos.[...] Podem escrever sobre o que quiserem: o passado, o presente, o futuro. [...] Mas não vou dar notas para eles. Como posso dar um A, um B por escreverem a verdade? Eu não vou lê-los a menos que me dêem permissão".

    Penso que foi a partir dessa estratégia pedagógica que os alunos começaram a tomar consciência de suas histórias, realizando uma reflexão que favoreceu a conquista da liberdade de serem no mundo.

    A Educação construindo a cidadania a partir da valorização da subjetividade dos sujeitos.

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  4. E o que é subjetividade?

    UMA definição:

    "Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva [1] dos grupos e populações. [...].

    A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. Este mundo interno é composto por emoções, sentimentos e pensamentos.

    Através da nossa subjetividade construímos um espaço relacional, ou seja, nos relacionamos com o "outro". Este relacionamento nos insere dentro de esferas de representação social em que cada sujeito ocupa seu papel de agente dentro da sociedade. Estes sujeitos desempenham papeis diferentes de acordo com o ambiente e a situação em que se encontram, o que segundo Goffmam pode ser interpretado como ações de atores sociais. Somente a subjetividade contempla ,coordena e conhece estas diversas facetas que compõem o indivíduo".

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Subjetividade

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  5. Esta parte do filme citada por Alex, onde nasce o título do filme, me fez lembrar as nossas discussões sobre educação e cidadania. Pois é a partir do momento em que a profª inspira os alunos a escreverem sobre se mesmos, que eles passam a reconhecer-se como autores da própria história, passam a interessar-se pela própria história, que antes não era interessante nem mesmo para eles. Com essas estratégias pedagógicas a professora faz com que os alunos transformem as suas próprias ações, reconheçam a si mesmos como “escritores com as próprias vozes, com as próprias histórias”, passem a ter respeito pela professora e também com os próprios colegas. No momento em que eu estava reassistindo a esta parte do filme fiquei me perguntando: eles se tornaram autores-cidadãos?

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  6. Percebemos nesse filme o quanto foi fundamental a ação politica da professora Grwuell ao acreditar que seu trabalho poderia fazer diferença na vida daqueles alunos que tinham a sua subjetividade negada pela escola e pelo sistema "eles não querem se educar". Momento oportuno para devolver aos alunos a sua subjetividade. Um conceito mais preciso de ação política podemos encontrá-lo em Hannah Arendt, ação política no sentido arendtiano corresponde a uma liberdade mutuamente garantida.
    Sugiro a leitura do artigo "O sentido da política em Hannah Arendt" de Ana Paula Torres publicado na Revista Trans/Form/Ação, São Paulo, 30(2): 235-246, 2007.

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